Necessidade e importância dos estudos doutrinários

por Dorival Strelow

Necessidade e importância dos estudos doutrinários

André Pinheiro (*)

“E conhecereis a Verdade, e a Verdade Vos Libertará”. – João, 8: 32. A Doutrina Espírita é fonte inesgotável de subsídios para o aperfeiçoamento e a iluminação das consciências. Em seu tríplice aspecto – filosofia, ciência e religião –, oferta ao homem uma série de oportunidades evolutivas, bem como de autoconhecimento e compreensão da realidade que o cerca.

Para o melhor aproveitamento dessas oportunidades de elevação que o Espiritismo nos traz, faz-se necessária a aceitação de um precioso – e prazeroso – convite que a Doutrina nos faz: a busca e a ampliação de nossos conhecimentos.

Publicado por Allan Kardec em 1864, O Evangelho Segundo o Espiritismo tem o seu capítulo VI intitulado “O Cristo Consolador”. Estão aí incluídas algumas instruções do Espírito de Verdade, que também prefacia a obra.

Na primeira comunicação, transmitida em Paris, em 1860, o Espírito de Verdade ressalta: “Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”. A afirmação, categórica, reveste-se de grande relevância para nós, integrantes do movimento espírita. Com ela, o Espírito de Verdade coloca, ao lado da necessidade de desenvolver nossa capacidade de amar, o aprimoramento da compreensão acerca da Doutrina como uma das condições essenciais para que possamos experimentar, com a máxima plenitude, os resultados do Espiritismo sobre as nossas vidas.

Conseqüência natural do contato com a Doutrina, o impulso de aprender sempre mais pode ser facilmente atendido por qualquer um de nós. Para isso, basta apenas vencer o comodismo e a passividade e buscar a inserção em grupos de estudo ou, conforme o caso, a participação em palestras públicas, cursos e seminários, disponíveis em todos os centros espíritas.

Além dos estudos coletivos, com trocas de informações, discussões fraternas e salutares, é oportuno ainda ressaltar a importância da leitura e da pesquisa realizadas de forma individual. A esse respeito, vale a pena recordar a oportuna recomendação do espírito André Luiz, na obra Conduta Espírita, psicografia de Waldo Vieira: “Consagrar diariamente alguns minutos à leitura de obras edificantes, esquecendo os livros de natureza inferior e preferindo, acima de tudo, os que, por alimento da própria alma, versem temas fundamentais da Doutrina Espírita”.

Para isso, também não é preciso ir muito longe, já que a literatura espírita nos oferta inesgotáveis opções. Das obras de Kardec – os pilares da Doutrina que todos, inevitavelmente, devemos conhecer – até as psicografias de Divaldo Pereira Franco e Francisco Cândido Xavier, passando pelos contemporâneos da Codificação, como Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne e León Denis, sem citarmos uma série de outros autores, encontramos esclarecimentos para todas as nossas dúvidas.

Tópicos como vida espiritual, mediunidade, obsessão, sexualidade e reencarnação, entre outros, são facilmente explicados nos livros espíritas. São páginas de conteúdo científico, que nos orientam; mensagens fundamentadas no Evangelho, que consolam e exortam à prática do bem; narrativas que desvelam a vida na espiritualidade; romances que exemplificam, com ensinamentos de cunho moral.

Patrimônio inalienável do espírito, o conhecimento impulsiona a sua libertação ao longo da trajetória pelos caminhos da evolução. Essa conquista, no entanto, exige aplicação, como nos lembra, novamente, André Luiz: “Disciplinar-se na leitura, no que concerne a horários e anotações, melhorando por si mesmo o próprio aproveitamento, não se cansando de repetir estudos para fixar o aprendizado”.

(*) André Pinheiro é jornalista. Esse texto foi originalmente produzido para o jornal Espaço Espírita número 19, de março a maio de 2007. 

Crédito: Foto Mundo Maior Filmes

 

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